Por Átila Santos
Esse último período da faculdade o qual tive que me ausentar completamente do MD, estive lendo na matéria de Legislação e Ética um artigo e alguns textos muito importantes para mim, tanto por ser da área de publicidade, quanto por ser pai de uma garotinha de 1ano e 7 meses que está no turbilhão da aprendizagem.
Estamos numa época que a mídia está bombardeando massivamente a mente de nossas crianças, e por estarmos disperços com nossos trabalhos e demais atividades, estamos deixando de lado a nossa parte nesse processo, de sermos o filtro de nossos filhos e ensina-los que ser não é ter.
Isso está cada vez mais difícil em tempos de programas infantis linkados com produtos licenciados, que por sua vez são linkados com jogos online, com parques temáticos e a sim vai a imensa lista. Mas o que estamos fazendo realmente para que nossas crianças (me incluo nessa), sejam realmente felizes.
Recebi um e-mail esta semana do meu regional sobre esse assunto e isso estalou na minha mente, o qual dizia que:
“…uma garotinha de 3 anos queria o laptop da XX (mesmo nem sabendo o que é…), e somente isso a faria feliz naquele natal. Não importava o brinquedo similar de outra apresentadora, mas somente podia ser o da XX.”
As grandes multinacionais olham para nosso filhos não como simples crianças, mas sim uma máquina de fazer dinheiro, catequizando os futuros consumidores para serem compradores compulsivos e se satisfazerem comprando. Mas será que isso realmente irá satisfazer?
A depressão é o grande mal de nossos dias e está oprimindo nossa juventude por essa simples razão, não conseguimos ter aquilo que desejamos para nos destacarmos da multidão e assim nos tornamos infelizes. A criatividade está acabando, pois a televisão nos tornou preguiçosos, pois não precisamos imaginar, mas somente receber as imagens prontas e assim estamos nos retroalimentanto.
Capa do livro de Susan Linn
O fator preponderante que exige reflexão é que somos nós, pais e educadores e não a indústria os responsáveis por prevenir os efeitos negativos do marketing nas crianças, mas não conseguiremos sozinhos contra uma indústria que movimenta todos os anos bilhões para esse propósito. É preciso sim de uma ação conjunta entre cidadãos, profissionais, defensores e ativistas, para que possamos transformar essa realidade e acabar com a exploração comercial das crianças.
Uma dica de link é do Instituto Alana que faz campanhas e palestras nesse sentido.
Esse sim é um ótimo presente de natal para você mesmo para começar bem esse próximo ano!
É isso…
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